quinta-feira, 15 de janeiro de 2009



Somos a fachada
De uma coisa morta
Em vida como que a bater à nossa porta
Quando formos velhos
Se um dia formos velhos
Quem irá querer saber quem tinha razão?
De olhos na falésia
Espera pelo vento
Ele dá-te a direcção

Ninguém é quem queria ser
Eu queria ser ninguém
(ninguém) é quem queria ser
Eu queria ser ninguém.

A idade é ontem
Não pode ser motivo
Estás a ver um mundo
Feito um velho arquivo

Eu caminho e canto
Pela estrada fora
E o que era mentira
Poder ser verdade agora

Se o cifrão sustenta
A química da vida
Porque tens ainda medo de morrer?
Faltará dinheiro
Faltará cultura
Faltará procura dentro do teu ser

Ninguém é quem queria ser
Eu queria ser ninguém
(ninguém) é quem queria ser
Eu queria ser ninguém.

Diz-me se ainda esperas
Encontrar o sentido
Mesmo sendo avesso a vê-lo em ti vestido

Não tens de olhar sem gosto
Nem de gostar sem ver
Ninguém é quem queria ser

Ninguém é quem queria ser
Eu queria ser ninguém
(ninguém) é quem queria ser
Eu queria ser ninguém.


O Manel sabe o que diz e sabe como o diz, perante isso, só tenho que me calar.

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