Eu acho que apodreço se as entranhas, as minhas entranhas, deixarem de ser minhas. Estou certo de que já perderam grande parte do seu significado, estou certo que esvaziaram o interno fervor de outras alturas. Já não sabem como arder, já não sabem como virar rumos e flamejar águas, já não sabem sobretudo, além de todo o negro, aceitar a negridão, vencê-la como um corredor de cem metros barreiras vence cada uma delas em velocidade, ou um sobrevivente do holocausto vence o terror de condenar um povo para se salvar deste, para que a sua pele não chacine no meio de outras tantas, que nada mais serão que cinzas digeridas pela terra.
E as entranhas continuam a apodrecer. Não me vale de nada inverter temas e assuntos, divergir entre olimpíadas e guerras. Elas continuam a não arder. Continuam a não querer aceitar a negridão. E é inútil, porque o útil para mim, agora, é só mudar-lhes o nome e chamar-lhes amor, chamar-lhes coração. A razão, a razão vem depois, nestes dias.
E as entranhas continuam a apodrecer. Não me vale de nada inverter temas e assuntos, divergir entre olimpíadas e guerras. Elas continuam a não arder. Continuam a não querer aceitar a negridão. E é inútil, porque o útil para mim, agora, é só mudar-lhes o nome e chamar-lhes amor, chamar-lhes coração. A razão, a razão vem depois, nestes dias.
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